sábado, 2 de maio de 2009

Primeiros Encontros

Ensaiando...

Primeiros Encontros: a primeira impressão não é a que fica.

Engraçado como as coisas acontecem e só nos damos conta tempos depois.

Engraçado como a via cômica pode ser a via crúcis, desolando ou escancarando em risos.

Engraçado como o encontro é mágico, ou utópico, seja o primeiro ou o décimo primeiro. Engraçado como ele pode revelar mistérios e surrealidades em questão de minutos. Como pode enganar ou refugiar ideias, certezas, ou simples beleza.

Engraçado como o contraponto da incerteza ou a manhã seguinte se difundem numa única certeza: o fim.

O fim, que do fim não leva nada, ou tudo.

O fim que faz querer sentir, ser, questionar, ou simplesmente tentar.
Sim.
Não.

Adoro primeiros encontros. Que são e não aparentam ser aquilo que são.
Adoro primeiros encontros. Que despem, falam, cospem, comem, matam, saciam, saem sem nem querer saber.

Que maltratam, esperneiam, acalmam, encantam, com um punhado de vértices, que fatalmente acabarão em desprece. Que fatalmente acabarão em desilusão.

Odeio primeiros encontros. Que não revelarão as faces de quem são, que não deixarão a sua impressão. Enganação.

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